O sensível é proliferação #Anarqueológicas #4
Notícias de itinerários entre imagens, quarta edição: 08 de junho de 2020.
Olá, como vai?
Espero que esteja bem. Por aqui, tem sido bastante difícil lidar com o aprofundamento vertiginoso da pandemia, principalmente no Brasil, e com as várias notícias de violência racista que nos chegam de tantas partes.
Nesse espaço público saturado pelo horror, mais uma deriva anarqueológica é algo de irrisório, mas é também uma das muitas tentativas que faço, entre o espanto exasperado e a ansiedade desenfreada diante do mundo, de serenar o passo e cuidar para que outras coisas possam surgir.
Vamos então ao que nos aguarda nos próximos dias deste mês de junho nos itinerários entre imagens do Arqueologia do sensível (e em outras derivas que os atravessam).
Didi-Huberman, de novo: 08/06
Eu devia ter avisado sobre isso antes e peço desculpas por fazer isso só agora: depois de já termos lido inúmeras vezes textos do historiador da arte e filósofo Georges Didi-Huberman, revisitamos sua obra na reunião desta segunda, 08/06. É aberta, como sempre, é às 17h, como na maioria das vezes. Para participar, basta entrar em contato manifestando seu interesse.
Vamos conversar sobre a primeira parte do livro A semelhança informe, ou O gaio saber visual segundo Georges Bataille, intitulada "I. Tese: semelhança e conformidade. Como se dilacera a semelhança?" (p. 17–44). Não será um mergulho em toda a obra logo de saída, mas nos próximos meses devemos continuar a leitura do livro até o fim, entre outras leituras.
Jogos na hora da sesta, de novo: 11/06
Decidimos fazer uma segunda experiência de leitura de mesa da peça Jogos na hora da sesta, de Roma Mahieu. A leitura do dia 28 de maio, que configurou o primeiro dos nossos Encontros dramáticos anarqueológicos, foi excelente e instigante, e também por isso decidimos repetir o processo no dia 11/06, a partir das 17h. Se você quiser participar, é só dizer. Pode ser lendo junto com a gente desde o início, mas pode ser também primeiro escutando e depois acompanhando a conversa sobre a peça e a leitura, que acontece em seguida.
O texto de Mahieu está disponível no número 147 dos Cadernos de Teatro do Teatro O Tablado. Para navegar pelos números da revista, acesse: http://otablado.com.br/cadernos. E aqui está o link direto para o PDF do número 147, no qual Jogos na hora da sesta está da página 31 à página 47: http://otablado.com.br/media/cadernos/arquivos/CADERNOS_DE_TEATRO_NUM_147.pdf.
Cinemas africanos e Afrotopia: 15/06
Na segunda, 15/06, às 17h, nossa reunião parte da leitura de alguns trechos de Afrotopia, um recente e fundamental livro de Felwine Sarr, considerando ainda dois filmes muito diferentes: 25 (Celso Luccas e Zé Celso Martinez Corrêa, 1977) e Wallay (Berni Goldblat, 2017). Os filmes estão sendo estudados por duas participantes do grupo, Ana Camila Esteves e Roberta Mutti, em contextos e projetos diferentes, e esta será uma ocasião para conversar sobre cada uma dessas pesquisas.
Ana Camila é doutorando do Póscom, além de idealizadora e curadora da incrível Mostra de Cinemas Africanos, que está realizando o projeto Cine África Em Casa durante a quarentena. A pesquisa dela aborda os cinemas africanos contemporâneos e busca compreender as narrativas do urbano, as formas de experiência do urbano mobilizadas e (re)inventadas por diversos filmes bastante recentes, como Wallay (2017), que foi exibido na Mostra de Cinemas Africanos de 2018.
Roberta é estudante de graduação da UFBA e bolsista de PIBIC (2019-2020), no projeto "Memórias da escravidão e resistência no cinema e em outros meios", com minha orientação. Ela desenvolve um plano de trabalho sobre os cinemas africanos emergentes no período da descolonização, que podemos associar aos movimentos dos chamados "cinemas modernos" ao redor do mundo. Entre os filmes que ela está estudando, encontra-se 25, dirigido pelos brasileiros Celso Luccas e Zé Celso Martinez Corrêa e lançado em 1977 como o primeiro filme de longa-metragem do Moçambique independente.
A seguir
Aproveito pra deixar aqui também uma lista do que vem por aí no resto de junho, que será o assunto da próxima edição das derivas anarqueológicas:
Reunião sobre projetos de pesquisa de Kalink Brant e Marcelo Ribeiro - dia 22/06, 17h
Palestra de Fernanda Sousa sobre Amada, de Toni Morrison - dia 25/06, 17h
Discussão sobre o filme Café com Canela e projeto de pesquisa de Jônatas Pereira - dia 29/06, 17h
Por hoje é isso!
Abraços,
Marcelo.
As derivas anarqueológicas são registros periódicos de parte dos itinerários do que se pode denominar uma arqueologia do sensível. Quer saber mais sobre o grupo e sobre projeto #Anarqueológicas?
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